segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Maria Bonita I

 A Sisina Peruzin

Maria Bonita era bonita.
Dizia-se tranquila, serena quando na verdade era tempestade.
Esbravejava como trovão tardio que reclama a sua existência.

Faceira feito brisa em pleno verão brasileiro, Maria Bonita conseguia o que queria.
Travava lutas romanescas com tudo que discriminava os mais necessitados.
Dava luz à escuridão daqueles que julgava serem cegos.
Alimentava as esperanças daqueles que já não a tinham.

Sonhava.
Sonhos possíveis e impossíveis a rodeavam feito bambolê na cintura.
E ela dançava, contornando forma imprevista e vivenciando aquilo que só existia no etéreo.
google images
Porque a vida ela queria.

Maria Bonita era bonita.
Amava e era amada.
Recitava e era recitada.
Sabia e era sabida.

Maria Bonita, é assim
Nuvem trigueira que procura abrigo
Borboleta precoce que sai em busca do desconhecido
Mas que sempre retorna ao conhecido
Traçando um caminho que possa encantar o seu inquieto coração.

É assim que é Maria Bonita.
Bonita, a Maria.


Nenhum comentário: