terça-feira, 13 de setembro de 2011

Tristesse

Boa noite, Sra. Tristeza

Venho através desta, humildemente, solicitar que me deixe ... 

Deixe-me porque não posso ser triste, tenho inúmeras obrigações que me requerem plena ou, ao menos, serena.

Deixe-me porque tenho um mundo de coisas vivas dentro de mim e preciso compartilhar com aqueles que são mais tristes  do que eu.
Chaline Ouellet, fineartamerica.com

Deixe-me porque preciso aprender a amar e resignar-me ao que propus antes de aqui chegar.

Deixe-me porque hoje não tem lua e não poderei sentir o brilho dos olhos dele ...

Deixe-me, por favor, porque estou viva e quero viver.

Você pode chegar de mansinho de vez em quando ... eu não me importo, não. Só não pode marejar meus olhos toda vez que eu enxergar que esse mundão aniquila a  essência das almas.

Então, Sra. Tristeza, procure outros campos, outras paragens porque eu já não posso mais ser triste assim ... assim de não me sentir mais em mim ...

Sem mais,

Até breve!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Falar de amor

 Falar de amor é um presente que ganhei de um Anjo ...
sendo assim, a autoria não é minha



Falar de amor é querer encontrar uma explicação na razão
De algo que se encontra inteiramente morando na emoção.

Porque o amor não se explica, se sente!

É o sol surgindo no entardecer
São as estrelas do amanhecer

É a brisa suave se misturando a um vendaval
De sonhos e desejos

É o coração batendo mais forte
Quando a pulsação parece parar

Sentir amor é enxergar o que de olhos fechados
Somente o que a poesia consegue ver
E o que de olhos abertos, a insensibilidade
Te aconselha a se afastar

O amor é aquilo que muitas vezes
Não se consegue dizer,
Mas a música e a poesia traduzem
E manifestam em versos delicados e profundos

Amar é chorar sorrindo
Por simplesmente estar ali vivendo tudo aquilo
E sorrir após ter chorado por alguém

Ao saber que um dia tudo aquilo foi vivido


por Débora C. Silva
É o chegar e partir
É o gritar e calar
É o curar e ferir
É o fugir e achar

E no fim de tudo, quando o tempo parar,
A juventude se for
E no horizonte o que vem após surgir
Eu possa dizer pra mim mesmo
Que num instante qualquer da eternidade
Eu consegui falar de amor!



Um comentário, apenas ...

Ando cansada de conquistas furtivas, que escorrem entre os dedos das mãos feito água torrente. Talvez o motivo esteja nas buscas infundadas, na ânsia das inúmeras tentativas de ser feliz. Não foi assim que planejei, não foi assim que escolhi ... e isso mata-me um pouco a cada dia.

Lembro-me de uma aula acadêmica em que o professor dizia que "bastavam sete anos para tudo na vida" ... hoje entendo a preconização, intencional ou não, mas que se faz como praga de mãe.

google.com.br/images
Aí me encontro cinza, morna, morosa ... procurando um meio de ser feliz porque sei que não posso ser triste - isso é luxo.

Razões? Seria muito prolixa ao tentar explicar aqui ... Soluções? Talvez a resignação ... talvez.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sobre cartas - agradecimentos

google.com.br/images
Há alguns dias escrevi  um texto ...  um texto especial, tecido de forma surpreendente e derivado de um encontro de almas. Encontro este, que possivelmente pessoa alguma alcance - talvez nem nós mesmos ... pelo menos neste plano.

Por ser tão especial assim, recebi muitos comentários, menções e congratulações sobre o mesmo. Porém, optei por não postá-las aqui por um simples motivo: apesar de escrevê-lo, Sobre cartas pertence a quem me possibilitou a escrita. 

São dele todos os méritos e toda admiração que esse texto possa causar, assim como todo esse sentimento que me envolve, permitindo que nos sintamos cada vez mais vivos.

Obrigada, então, a todos que compartilharam a essência desse encontro que está além de todas as explicações pautadas pela razão, mas que se faz cada vez mais real porque foi, é e sempre será lindo ... por toda a eternidade.

A saber ...

Recebi recentemente  um e-mail de um  leitor que por aqui passa frequentemente, questionando qual era afinal (e frisem bem esse afinal que no e-mail original foi grafado em maiúsculo) o objetivo do que aqui escrevo: "se era afinal (em maiúsculo, só para constar) um espaço de discussões sobre as inquietações da alma, como o proposto na apresentação, ou mais um blog 'enfeitadinho' das coisas de um coração de menina querendo colo e que ama de forma exagerada". Rs ... sem contar que a utilização constante de reticências parece ter incomodado bastante.

Achei um tanto engraçado, principalmente o 'enfeitadinho' e a verbalização da palavra carência em 'coração de menina querendo colo', rs ... que mimo!

É impressionante como as pessoas enxergam a vida por ângulos tão contraditórios ... fico maravilhada e agradeço a Deus por isso ... só de imaginar todos os olhares direcionados a um único ponto estático do universo, meço o quão desperdiçado seria a inteligência concedida a nós, míseros humanos imperfeitos.

Resolvi, então, respondê-lo por aqui mesmo (juro que tentei ser o menos espartana possível). Segue minha carta-reposta:


Caro leitor Coração de Chumbo,

Primeiramente,  o blog é realmente 'enfeitadinho' porque eu sou uma 'gracinha', tão graciosa que meus olhos piscam como os da gatinha Marie (tão meigo, não?).

Depois, você realmente acertou no 'coração de menina querendo colo' ... quero colo constantemente porque sou normal, pelo menos para as conveniências da espécime a qual eu e você pertencemos e, sinceramente, sem falsa modéstia,  é bem interessante me conceder colo.
... ah, desculpe-me ... utilizei novamente as reticências ... (vou contar-lhe um segredo) tenho um tic - o das reticências - e nisso nos parecemos, uma vez que depois de ler o seu e-mail pude diagnosticar  que você também tem um tic ! O tic da pernóstica.

Finalizando, Vilarejo é sim um espaço para  discussões sobre inquietações da alma ... porém, da minha alma e não da tua. Aqui fala mais alto o que o meu coração está cheio, seja a contento ou não da vossa pessoa. E no mais, gostaria imensamente que você corrigisse uma informação: não amo exageradamente ... amo descomedidamente.

Envio por e-mail um tutorial para que você possa criar um blog próprio, que seja racional o suficiente para satisfazer seu desejo de nulidade.

Desejo-lhe pétalas de amor em seu coraçãozinho!

Sem mais,

Adeus.