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Era assim. Encontrava-se em estado de graça toda vez que se amavam. Gostava do aroma que exalava a mistura dos corpos a aromatizar o ambiente e a tomar a sua consciência.
Adorava a ansiedade da espera. Ao vê-lo adentrar, olhava-o com curiosidade desconhecida, como se fosse a primeira vez, e descobria mil novos detalhes que a faziam mais atenta.
O toque, o beijo disparavam-lhe a leveza da entrega e cedia em sentimentos mais íntimos na ânsia de se sentir dele ... somente dele. Mas a entrega, aquela que entorpece todos os sentidos, só acontecia depois do amor.
Amavam-se. Sim, amavam. E depois entreolhavam-se despidos de qualquer reserva, cúmplices ao momento em que se pertenciam.
Ela, então, permitia-se mergulhar nas profundezas do negro de um olhar que a intuía e, somente neste momento, entregava-se por inteiro ou o que tinha de melhor, perpetuando e entendendo o tempo momento.
Era assim. Era amor. Ela amava.