terça-feira, 31 de maio de 2011

Sobre poetas de águas doces

A Guilherme Giancarlo, um certo passarinho ....                                                                                                 Hoje conheci um poeta de águas doces, daqueles que cheiram a jasmins e falam a trovões. Não me lembro de nomes. Só sei que ele cheirava a jasmim. Disse coisas fúteis, maldisse efemeridades e bendisse ostentações. Nem sei por que o chamei de poeta ...

Sei que dele exalava aquele cheiro jasmínico que insultava a minha inteligência. Ora, como pode cheirar a jasmim se me é invisível a ternura dos seres eleitos?

O fato é que não consigo deslumbrar aquele cheiro. E disso tenho raiva porque me toma o meu próprio cheiro. 

Se ao menos fosse inteligível a mínima gratidão ... mas não, não o quer ser. É um gatuno de ares nostálgicos seguros, o que me incomoda de uma forma nada incólume, já que pode roubar a minha paz mesmo que instantaneamente.

No entanto, desejei ardentemente inspirar aquele cheiro até que não fosse mais um cheiro ... até que fosse o ar que respiro. Poeta estúpido que me faz epifânicamente ingênua.

2 comentários:

Anônimo disse...

MUITO PRAZER!!!

http://poetadasaguasdoces.blogspot.com/

JASaudações.

Vilarejo disse...

Prazer! Seja bem-vindo.